O caso Relvas cabalmente explorado por todo o tipo de comunicação social e na blogosfera (como neste caso) tem invadido todos os meios de comunicação nas ultimas semanas.
A forma como o Ministro Miguel Relvas pelos vistos conseguiu a sua licenciatura segundo tudo o que se tem lido realmente não foi das formas mais pedagógicas.
Situação que obviamente levanta descontentamento por quem passou pelo “calvário” pré Bolonha de 5 ou mais anos para tirar uma licenciatura, e quem pelo sistema pós Bolonha garantidamente nunca conseguiu ou conseguirá a proeza de conseguir obter certificação em 90% de um determinado curso baseado em experiencia de vida e profissional.
Além de todos os descontentamentos anteriores não esquecer que actualmente devido a crise financeira que se abateu sobre a maioria das famílias portuguesas existem imensos jovens que estão com imensa dificuldade em terminar os seus cursos por falta de capacidade financeira, obviamente que situações destas não caem bem.
Mas o que me tem deixado mais espantado é que com todo o pé-de-vento que se tem levantado a volta do assunto ainda não vi ninguém a questionar o básico.
Mas o homem afinal tem capacidade para exercer a função que lhe foi atribuída ou não?
Será a questão de a legitimidade da sua licenciatura uma questão fundamental para o exercício das suas funções?
Segundo o Primeiro-ministro independentemente de estar a par potencialmente da forma menos “católica” da obtenção de tal famigerada licenciatura creio que a pessoa terá sido escolhida pelas capacidades e não pelo diploma. Mas compreende-se este assorear a volta do assunto, afinal de contas o jogo de cadeiras no governo, de interesses instalados em grupos económicos e o interesse da oposição em ver um governo fragilizado faz parte deste “mundo” chamado politica.
Por acaso até acho que o grau de licenciado foi obtido de forma muito pedagógica. Para todos. Agora duvido é que quem deveria aprender algo com o assunto esteja a aproveitar a questão, ao invés de se deixar encadear pelo ilusionsmo dos interessados em descarrilar qualquer menção de privatização da RTP.
Mas amanhã falo sobre o assunto 🙂