Antes fosse silly season. De certa forma, é, mas permanente.
A que me refiro?
À suicidária tendência nacional de passar o tempo a discutir o “diz que disse” – o acessório. O que importa é se o Sr. António Borges disse chamou aos empresários de ignorantes, se o Sr. Seguro disse que não quer ser governo enquanto não houver dinheiro, se o Presidente da República vai escrever sei lá o quê o prefácio ou se o concorrente da casa de segredos fez sei lá o quê (se é que isso está no ar – apenas “acompanho” pelos cartazes da rua).
Já discutir a evolução do desemprego, a competitividade das empresas, os regimes fiscais comparados, as despesas do Estado, a balança comercial, o rácio de alunos por professor, a evolução demográfica, a justiça fiscal e distributiva deste país é algo que não nos preocupa.
Adoramos exprimir opiniões, mas não debatemos factos.
Claro que isto é uma opinião 🙂
Debater?
Isso é muito perigoso. É preciso pensar, que é cansativo. E depois ainda reprovamos na cadeira do Borges
Sem dúvida que, para além de cansativo é, como disseste muito bem, perigoso. Claro que evitar esse eprigo (para uns) leva-nos ao estade de perigosidade em que nos encontramos (quase todos).