Esplendor na Relva

O Verão trouxe-nos o “caso Relvas”. Ok, aparentemente existem vários, mas foquemo-nos no caso da licenciatura.

E é um caso interessante – não pela questão em si, mas porque trouxe à vista várias tendências e características nacionais bastante… peculiares.

De facto, retiro deste caso algumas ilações:

A hipótese de privatização da RTP é algo que incomoda muita gente – ou pelo menos alguma gente com poder, nomeadamente poder na comunicação social. Naturalmente que perturba funcionários, fornecedores que vivem da “generosidade” da empresa e concorrentes. Esta perturbação será tanto maior quanto a crise instalada no sector.

Quando se fez as novas oportunidades e deu-se equivalência (muitas vezes sem “cadeira” alguma feita) a centenas de milhar de pessoas, não houve grandes protestos. Quando o mesmo se estende a uma licenciatura, aqui del rei que o mundo acaba. Será porque muitas das pessoas “bem pensantes” nacionais terem esse grau, que agora vêm “desvalorizado”? Será porque enquanto se limitava aos “coitadinhos” não havia crise? Será que é por ser uma pessoa que a opinião pública não gosta? Seja porque for, a lógica subjacente é a mesma.

É interessante que não se tenha investigado outros casos de “simpatia” por parte de estruturas académicas para com políticos. Desconfio que não devem faltar casos. E é esta “simpatia excessiva” que é preocupante neste caso – com a suspeita que terá ocorrido um benefício em virtude de postos políticos.

É igualmente interessante que se discuta a pessoa e, muito menos, o processo subjacente, nomeadamente a lei que permitiu esta equivalência

Fizeram-se piadas muito giras – nada para manter vivo um assunto como ele “cair no goto”

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